O que você pensa quando passa e lê o cartaz colocado na janela da casa:
Cuidado: cachorro!
Em se tratando de uma janela meio sem graça, escura, em uma casa grande, imponente com muros altos e até, porque não dizer, uma casa melancólica.
Eu imaginei um cão ranzinza, latidor, barulhento ou mesmo... mordedor, agressivo.
Com tudo isso, seria merecedor da placa, não é mesmo?
Por vários dias, passei em frente à casa e não resistia a parar e olhar pela fresta do portão. A janela continuava lá, com a placa me provocando e soltando minha imaginação: - Seria um pit bul?
Eis que ontem a janela estava aberta e ocupada por quem mais, se não o cachorro anunciado na placa, povoando minha imaginação, mas que nunca encontrara pessoalmente!
Surpresa!
Vejo um cãonino simpáutico, sentado largadão e relaxado tomando uma fresca. Essa era a ameaça da placa? O cachorro com o qual deveria ter cuidado?
Eu prefiro dizer: o simpático e modorrento cão que inspira cuidados e carinhos.
E, minutos após, estava confraternizando no portão comigo e com todos que passavam na rua.
Seu nome?
Sua raça?
Não sei.
Não fomos oficialmente apresentados.
Mas, importa?
- Um cãovalheiro, sem dúvida!