Entender, ela não entendeu. Mas, que remédio, teve que obedecer. Imagine um dia chato, insosso... Imagine o momento em que a cachorra faz seu xixi e seu cocô no jornal e ninguém dá bola, ninguém dá nem uma cenourinha!!!
Avião sem asa,
fogueira sem brasa,
sou eu assim sem comer.
Futebol sem bola,
Piu-piu sem Frajola,
sou eu assim sem comer.
é o meu pior castigo.
Por quê? Por quê?
Assim foi a sexta feira, véspera do dia das bruxas, até às 16:00horas
Aí, vieram chamá-la para um passeio.
- Isso é bom, pensou. Oba!
Mas...
Ao chegar naquele local onde haviam outros cachorros esperando, pessoas estranhas, sala branca e bem iluminada, ela chegou a duvidar que fosse tão bom.
Quis fugir, mas não conseguiu.
E seus temores se confirmaram quando começaram a levá-la para uma salinha escura. Mas pensou, já com o rabo entre as pernas.
- Pelo menos não estou só. Os vovôs estão comigo.
Lá foi colocada em uma mesa, rasparam-lhe a barriga, rabo afundado entre as pernas e olhos arregalados.
Mas, sabe que não era nada ruim.
Barriga geladinha, pessoas fazendo carinho em sua volta, grudada na vovó, Filó logo se tranquilizou.
Farra do boi! Relaxada, se entregou e aproveitou os seus minutos de fama naquele espaço onde todos estavam à sua volta
Ao final a boa notícia: nada de grave na ultrassonografia e o melhor: liberada para comer!!! Pratinhos de volta, lado a lado:
Final feliz: cenourinhas sendo preparadas e devidamente abocanhadas
Enfim a felicidade de volta na vida da Filó!!!