Não fomos muito longe porque o sol ficou mais quente e decidimos retornar. Já quase chegando em casa, a Filó começou a parar na porta de cada casa como se quizesse entrar.
Estávamos já no terreno do condomínio, a cerca de 200 metros de casa, quando ela me puxou pela coleira, foi para a beira da estrada e começou a cavar o chão Como eu nunca a tinha visto desse jeito, deixei que ela ficasse à vontade. Para minha surpresa, ela abriu um buraco na terra fofa, criou uma verdadeira cama fofinha e fresca e praticamente se jogou dentro do buraco que cavou, soltando todo seu peso.
Ficamos os dois a princípio, sem entender sua atitude. Mas, depois ficou bem claro: a caminhada havia sido pesada para suas perninhas e ela simplesmente buscava alívio e descanso naquele pedacinho de terra úmida na sombra. Pronto, ficamos com tanta peninha que ela logo ganhou colo do vovô e voltou para casa como gosta, carregada feito bebê.
Fiquei com tanta pena que nem fotografei... Mas tirei a foto depois, ainda no colo e com as patinhas cheias de terra.
E essa foi quando chegou em casa, bebeu muuuita água e se jogou no chão:
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Lição do dia: cães de apartamento também guardam seus instintos de raça.
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PS: a todos os fans das “noticias do Porão”, a “lição do dia” foi um deslavado sinal de saudade e de merecida homenagem à autora e mãe da Filó!