Tem momentos que Filó parece entender tudo. E outros, onde está aérea, desligada do ambiente. Ora compreende nitidamente o que falamos, ora nem liga!
E os sons que ela faz? Tem latido pra tudo: para alegria, susto, tristeza, fome, abandono (esse traz junto um olhar digno de derreter corações). Tem até latido de indignação...
Ah! também tem os rosnados: baixinho, lentinho (quando recebe um carinho na barriga), irritado, zangado, indo até o rosnado assustador, quando põe os caninos à motra, em franca tentativa de afastar o agressor.
Mas, nada se compara com o momento da comida. Aí Filó é uma dama, não briga com ninguém que seja portador desta dádiva chamada "papá". Esta palavra é mágica, pois tem o poder de chamá-la em qualquer esconderijo.
Mesmo quando foge do banho e ninguém consegue encontrá-la - acho que nestes momentos ela se transmuta em invertebrada e se enfia nos menores espaços possíveis. Procura pra cá, procura pra lá e nada. Aí vem a inspiração:
- Filó! É hora do papá! Vem, Filó, papá!
E lá vem a boba, imediatamente, no maior pinote. E quando descobre, já é tarde: caiu nas garras da carrocinha doméstica !
E o suco de melancia? Manjar dos deuses, aguardado ansiosamente e bebido em lambidas barulhentas e apetitosas, até a ultima gota.
Por que estou me lembrando disso?
Porque estava navegando na internet e encontrei um site que fala de uma cerveja para cachorros, fermentada sem álcool, mas mantendo o sabor do malte adicionado com extratos de carne (sic). Deve ser servida gelada, com direito à espuma.
Gente, o que é isso?
É para satisfazer o cão ou para o dono cervejeiro se orgulhar?
Será mesmo gostoso?
Nutritivo?
Sei lá, mas que achei esquisito, achei...
E, nessa hora, eu queria que a Filó soubesse falar para dar sua opini-cão!
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