domingo, 1 de agosto de 2010

Cães, melhor não tê-los. Mas, se não tê-los, como sabê-lo?

Filó:
Coloquei este artigo no seu blog, pois venho mudando minha visão sobre os cães paulatinamente. Sempre fui alérgica, asmática de carteirinha. Ao crescer, escolhi a medicina como carreira e a Alergia como especialidade.  Não podia ser pior: alergista e asmática: como poderia gostar de cães?
Na verdade, não gostava nem desgostava: apenas ignorava, considerava os cães como cidadãos de segunda classe, desnecessários e sem a menor importância.
Mas a Denise, ao trazer Filó, mudou minha visão: cães são o próprio carinho ambulante, o amor desinteressado e vivo, sempre pronto a te dar, sem nada cobrar. E, quando assustei, já estava plenamente conquistada. Hoje, não consigo ver um "olhinho pedinte"...

Por isso, me sinto plena para publicar este texto:


Um levantamento realizado pelo Departamento de Psicologia Experimental da Universidade de São Paulo (USP) reuniu uma série de estudos que comprovam a convivência com cães é benéfica para saúde dos bebês. Segundo a pesquisadora Carine Savalli Redígolo, crianças que têm cachorro estão menos suscetíveis às alergias e dermatites tópicas.  A pesquisadora afirma que certas proteínas que desempenham um importante papel na regulação do sistema imunológico e das alergias aumentam significativamente em bebês de um ano de idade quando expostos precocemente a um cão. “Também foi observada a redução de rinites alérgicas aos 4 anos de idade e aos 6 a 7 anos devido à redução da imunoglubina E – um anticorpo que quando em alta concentração, sugere um processo alérgico”, disse.


Mesmo sem saber deste estudo, a professora Anarrúbia Alves Amaral Silva Oliveira, grávida de 7 meses, vai manter as poodles Fadinha e Belinha perto da filha. “Minhas cadelas são vacinas, vermifugadas e não vejo por que mudar a rotina da minha casa com a chegada da Valentina”, disse.  A professora afirma que foi criada cercada por bichos e nunca teve problemas de saúde. “Faço questão que minha filha conviva com animais para adquirir resistência. A Belinha entra no quarto do bebê, deita embaixo do berço e não vou proibi-la de fazer isso”, afirmou.


Casais com filhos pequenos preferem não ter animais.  Apesar de vários estudos comprovarem os benefícios de ter um animal de estimação, uma pesquisa realizada pelo Radar Pet mostra a resistência dos casais que possuem filhos pequenos adquirirem um cão ou gato: 44% que têm pelo menos um pet são de casais com filhos jovens ou adolescentes; este número cai para 16% quando se trata de casais com filhos de até 9 anos.  A empresária Paula Magnino e o marido não fazem parte dessa estatística. Os filhos: Rafaela, 5 anos, Rave, 7 meses, convivem com animais de estimação desde que nasceram. A família tem hoje as vira-latas Nega e Loirinha juntamente com as crianças. “Meus filhos sempre conviveram com cães e gatos. Eles nunca tiveram alergia e dificilmente adoecem. O Rave não sabe o que é antibiótico e a Rafaela só tomou remédio aos 4 anos”, disse Paula Magnino.  A empresária afirma que a maioria dos pediatras não aprova a convivência das crianças com os animais. Ela só vê benefícios. “A convivência com os cães deixa meus filhos mais alegres e expressivos. A Rafaela me ajuda alimentar as cadelas e está sempre atenta com a saúde delas”, disse.


A pesquisadora Carine Savalli Redígolo afirma que um gesto simples pode trazer importantes efeitos ao sistema imunológico de pessoas de qualquer idade. “Acariciar um cão pode elevar os níveis de imunoglobulina A, um anticorpo presente nas mucosas que evita a proliferação viral ou bacteriana, importante na prevenção de várias patologias. Este resultado se deve, possivelmente, ao relaxamento que o contato com o animal proporciona”, disse.

Imunoglobulina A, sistema imunológico, anticorpo presente nas mucosas ... Um monte de palavras humanas para descrever o sentimento de amor e fidelidade canina que não precisa de palavras para ser descrito.  Deixa pra lá...

É isso aí, Filó! Continue sendo o que você sempre foi: uma cachorrinha carinhosa, amiga e independente das palavras humanas! 

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