Sempre que saio com a Filó pra passear, a cena se repete.
É só dar alguns passos, cruzar com outro cão e lá vem papo! Em geral, os cães se cheiram, brincam - às vezes se estranham, e continuam. Mas os donos, ah! os donos! estes puxam assunto, conversam e logo se tornam íntimos.
Copacabana é uma área de muitos cães e muitos idosos. Em geral, os dois se dão muito bem, já que muitas vezes o cão se torna uma companhia querida para os idosos. E, como me disse uma senhora simpática enquanto esperava que seu poodle fizesse suas necessidades:
- Eu vivia triste, pouco saía de casa. Minha alegria era assistir televisão. Aí minha filha me deu a "Fofa" . Eu reclamei, achei que não ia me adaptar e hoje só agradeço este presente que mudou minha vida. Eu saio no mínimo duas vezes ao dia, ela me faz companhia. Hoje eu caminho na praia, junto com a Fofa, é claro e faço muitos amigos. Como agora, por exemplo...
E continuamos o papo, revelando uma pessoa alegre, alto astral, transmitindo bem estar e alegria.
Pensei com meus botões: eu também não escolhi a Filó. Não tenho a mesma vivência que ela, mas não posso deixar de constatar que ela fez muita diferença lá em casa.
Eu tenho poucas oportunidades para sair com Filó pois o trabalho ocupa meu tempo, mas sempre que posso, pego na coleira e chamo:
- Filó, vamos pra rua?
É suficiente: ela corre para uma cadeira, sobe e já se coloca na posição para que a coleira se adapte ao seu corpo, rabo em velocidade supersônica e lá vamos nós, caminhar e fazer novas amizades.
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